Por Anna Monteiro / SEDUC
No último dia 10, o secretário
de Educação e Esportes de Juazeiro, Clériston Andrade, participou do Grupo de
Trabalho que elaborou uma Carta de Intenção para melhoria da formação dos
professores no Vale do São Francisco. A ação fez parte da programação do I
Fórum Regional das Licenciaturas – que aconteceu no auditório de Multi Eventos
da Univasf de 08 a 10 de novembro – e os resultados serão encaminhados às
Instituições de Ensino Superior (IES).
De acordo com a coordenadora
geral do evento, Maéve Mello, o grupo de trabalho do sábado foi bastante rico e
importante, visto que foi o momento das IES escutarem as demandas e
dificuldades da rede pública de ensino. “Estabelecemos o diálogo entre as
universidades, secretarias de educação e professores. A partir deste ponto
vamos repensar a formação inicial dos docentes, levando em consideração a
realidade vivenciada nas escolas. Vamos trabalhar o novo perfil do professor e
esperamos que este futuro profissional saia mais preparado para, de fato,
contribuir com a aprendizagem dos alunos”, destacou Maéve.
Na avaliação do secretário
municipal a iniciativa foi acertada. “Ainda temos algumas dificuldades de
demanda profissional na rede e esses obstáculos não podem acarretar prejuízo
pedagógico para os alunos. Portanto, o fato das instituições responsáveis pela
formação inicial do professor estarem abertas a nos ouvir e a essa troca de
experiências é um diferencial. A formação continuada que nós oferecemos em
Juazeiro, por si só, muitas vezes não é capaz de suprir essa dificuldade
formativa, então esse diálogo veio em um bom momento”.
Participaram do Grupo de Trabalho
os representantes das IES, professores, estudantes, secretários municipais e
enviados das secretarias dos governos estaduais (Bahia e Pernambuco). Todos
colocaram suas demandas e principais dificuldades encontradas pelo docente ao
se deparar com o mercado de trabalho. Entre os destaques ficaram: o déficit das
redes públicas de professores de áreas específicas, como artes e matemática; a
necessidade de valorização da figura do educador; a pouca oferta de mestrados e
especializações; número ainda grande de professores não licenciados e
dificuldade das universidades em lidar com o desenvolvimento das habilidades e
competências deste profissional.
Essas colocações e demais
reivindicações constam na Carta de Intenção de domínio público, que será utilizada
para dar novos rumos à formação inicial do professor. “O documento representa o
compromisso dos envolvidos. As perspectivas são boas e esperamos que os frutos
sejam ainda melhores, pois educação de qualidade só se faz com bons
professores. Por isso a gente se envolve e preza por estes avanços”, ratificou
Clériston Andrade.
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